Pe. Joaquim – Agradecimentos e últimos relatos

Aos benfeitores e fiéis do Pe. Joaquim, nossos agradecimentos e últimos relatos.

    Completam-se hoje 30 dias da partida do nosso saudoso Pe. Joaquim para a eternidade e queremos aproveitar a ocasião para louvar a Deus e sua Virgem Mãe transmitindo-lhes mais algumas das edificantes descrições dos últimos dias do nosso padre e também dos vossos, caros irmãos na Fé, que pela graça de Deus transbordaram em caridade.

    Passaremos também nós pela morte, mas como passaremos?

    Estaremos nós revestidos daquelas benditas disposições em que se encontrava o Pe. Joaquim? Queira Deus!

    Pela mensagem que publicamos no dia 14/02 transparecemos um pouco do quanto ele estava zeloso de sua alma para mantê-la unida a Deus, mas digamos também que a sua caridade fazia-o zelar, mesmo enfermo, pela alma do próximo.

    Aquele que passou a “peregrinar por hospitais e clínicas” não deixou de por lá exercer o seu apostolado sacerdotal.

    Fazia questão de apresentar-se como sacerdote e sacerdote tradicional, que rezava a missa tridentina, etc., e sempre que notava qualquer abertura da outra parte lá se ia falar da Igreja, da Tradição, das devoções, etc. Foi o caso da fisioterapeuta a qual aparece na imagem que levando-o ao claustro do hospital onde há uma réplica da gruta de Nossa Senhora de Lourdes com sua imagem, imagem de Santa Bernardette Soubirous e ao lado da gruta a de Nossa Senhora das Graças e onde aproveitou a ocasião para explicar-lhe todas aquelas representações, as devoções, os milagres, a vida da jovem vidente. Foi o caso de um médico que nos testemunhou após sua morte, o quão marcante ficou para ele a vida sobrenatural presente naquele padre, o seu tranquilo abandono a Deus, entre outros. Abençoava as pessoas, os seus objetos e oferecia-lhes as suas orações.

    Em seu zelo pelas almas um caso em particular lhe marcou profundamente. Tratava-se de um paciente que se encontrava num leito ao seu lado o qual de tão grave gemia noite e dia sem muitas vezes permitir o adequado repouso do nosso padre, mas ele, tão logo percebeu o estado terminal do seu vizinho, dispôs-se a ajuda-lo atendendo-o em confissão, porém, o infeliz, agradecendo-lhe, recusou a ajuda alegando ser protestante a que o padre decepcionado prometeu-lhe suas orações.

    Esse infeliz foi piorando e, enquanto o padre arrumava-se para sair de alta, pôde ver a família chegar para os últimos momentos.  

    Houve então a alta e, em meio das alegrias daquele dia de alívio, a cada um que encontrava fazia refletir na morte do protestante: Eu ofereci ajuda… ele recusou…, lamentando a perda de uma alma.

    Ah! Quão diferente foi sua morte, morrendo nos braços maternos da Santa Igreja, vivendo e amando-a em seu seio como filho escolhido, pois se não ousaremos jamais dizer que foi um santo, seguramente diremos que teve uma santa morte.

    Tinha ele toda a consciência das imensas graças que recebeu da Esposa de Cristo enquanto religioso e enquanto sacerdote e, por isso mesmo, temeroso em não ter correspondido a todas elas, suplicou insistentemente aos seus irmãos que rezasse por sua alma para abreviar suas penas no purgatório.

    Mas, nesse período fostes também de feliz memória, vós, caros irmãos. A chama da caridade brilhou em vossos peitos e não saberíamos como de modo adequado agradecer-vos a todos os esforços e sacrifícios espirituais e materiais feitos em prol do nosso querido Pe. Joaquim.

    A meta da campanha feita pelo tratamento com a imunoterapia, de valor que assusta qualquer um, foi rapidamente alcançada por vossas generosidades além de muitas outras despesas que sucederam para o mesmo fim.

    Viu-se aí a piedade dos afortunados e talvez ainda mais dos desprovidos que no seu pouco doava mais do que aqueles.

    Houve ainda aqueles, não poucos, que ouvindo a voz do Bom Pastor dizendo “Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos” (S. João 15,13) julgaram por bem oferecer as suas vidas a Deus em troca da preservação da vida do nosso padre, entretanto Deus não os atendeu.

    Que diremos? Que tudo foi em vão? Não, não. Se a chama da caridade foi atiçada por uma doença e mesmo uma doença que levou a morte: Bendita seja a doença e bendita seja a morte segundo os desígnios de Deus!

    “o Senhor o deu, o Senhor o tirou, como foi do agrado do Senhor, assim sucedeu; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1,21)

(Placa de identificação do Pe. Joaquim na UTI)

JESUS+MARIA

MONACUS F.B.M.V.

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