Número DCCCIX (809) – 14 de janeiro de 2022
A EXPANSÃO RUSSA
Rezemos e rezemos,
Quinze Mistérios todos os dias.
Uma das grandes vantagens de um sujeito ter uma fé católica fortalecida e bem informada, é que nem mesmo as notícias de que a Rússia possui um imenso arsenal, que quase garante que nos leve à Terceira Guerra Mundial, deixá-lo-ão alarmado. A vontade de Deus está cumprindo-se no mundo, e até mesmo Seus inimigos estão contribuindo para a realização dessa mesma vontade divina. Se estes querem impedi-Lo de povoar o Céu com as almas que O amam e Lhe obedecem, estarão enfurecendo-se em vão, e na realidade O ajudam. Eles instrumentalizam o mundo, e Ele os instrumentaliza.
Para mais detalhes sobre a expansão massiva das forças armadas russas que o presidente Putin acaba de anunciar, assista no Youtube ao excelente vídeo: Russian military prepares for conflict with neocons and NATO [Militares russos se preparam para o conflito com os neocons e a OTAN] (https://www.youtube.com/watch?v=021JkYHJy1Y). Nas semanas que antecederam o Natal, realizou-se em Moscou uma série de reuniões de alto nível, das quais participaram os líderes políticos e militares russos, e onde Putin explicou que o Ocidente está tão determinado a destruir a Rússia, que ela não tem escolha a não ser preparar-se para um grande confronto com as nações europeias da OTAN, com os americanos por trás da OTAN, e com os chamados “neocons” por trás dos americanos.
Quanto à OTAN, é uma aliança de nações europeias criada originalmente pelos EUA e com eles durante a Guerra Fria, após a Segunda Guerra Mundial, para permitir que a Europa se defendesse contra a ameaça muito real de invasão por parte da Rússia comunista. Naquela época a OTAN era essencialmente defensiva; mas como a Guerra Fria acabou na década de 1980, a OTAN teve de justificar sua existência tornando-se ofensiva por meio de uma expansão para o leste, em direção à Rússia. Isso alarmou os russos, pois seus antigos inimigos na Europa agora estariam assentados em suas fronteiras ocidentais. Pela mesma razão, os russos não queriam que a Ucrânia se juntasse à aliança militar da OTAN, assim como na década de 1960 os EUA não queriam mísseis russos em Cuba, e para evitá-los ameaçaram desencadear a Terceira Guerra Mundial.
Quanto aos “neocons”, essa é uma das muitas expressões usadas para evitar nomear aquela raça de pessoas à qual pertencem quatro em cada cinco membros do gabinete democrata do presidente Biden, que agora governa os EUA. Por que evitar nomeá-los? Porque seu mero nome evoca aquela hostilidade contra eles que os levou a serem expulsos de uma nação anfitriã após a outra, mais de 80 vezes ao todo, em todo o mundo. Qualquer um poderia suspeitar que, ao dominar os EUA e instrumentalizar sua força militar, eles poderiam ter em mente estabelecer mais uma vez sua ditadura comunista em todo o mundo, pela qual cada um deles seria um rei e todos os outros escravos. Não é de se admirar que eles desejem que seus nomes e suas ações sejam desconhecidos.
Mas tal ambição é insana? Não para os descendentes remotos daquela raça uma vez eleita por Deus para ser a raça do Messias, e a rampa de lançamento de Seu Novo Testamento e da Igreja Católica. Mas quando seu Messias veio e, claro, se recusou a servir às suas ambições mundanas – criando, em vez disso, um povo de Deus eleito pela fé, e não pela raça –, eles se voltaram contra Ele, crucificaram-No e fizeram o possível desde então para destruir aquela continuação de Sua Encarnação, que é a Igreja Católica. Então, se supormos que a “Santa Rússia” seja o último obstáculo sério no caminho da Nova Ordem Mundial deles, teremos aí um motivo profundo e antigo para os “neocons” levarem os EUA a empurrar a OTAN para destruir a Rússia.
Mas a Rússia não é católica, certo? É verdade, mas ao recuperar-se do comunismo (1917-1989) está voltando-se para Cristo. Para recuperar-se também dos erros da Igreja Ortodoxa, precisa absolutamente daquela Consagração ao Imaculado Coração de Maria pelo Papa e pelos Bispos católicos à qual Ela se referiu em Fátima em 1917. Só então será dado “um período de paz” à nossa Igreja atormentada e a este mundo atormentado.
Kyrie eleison.