Comentários Eleison: A QUEDA DA EUROPA – I

 Por Dom Williamson

Número DCCCLVII (857) – 16 de dezembro de 2023

A QUEDA DA EUROPA – I

Aos nacionalistas franceses podemos ou não dar atenção,

Mas aos católicos franceses, nós absolutamente devemos fazê-lo.

O colapso da França e da Europa como um todo é uma realidade catastrófica. E não aconteceu da noite para o dia. O desmoronamento já vem se dando há muito tempo, como viram muito bem os nacionalistas franceses, que previram as graves consequências para a sociedade e a civilização, que agora são evidentes. Vários escritores notáveis, e revistas como a Rivarol, há muito que soam o alarme, na medida em que acontecimentos obscuros têm se sucedido, um após outro.

Após o colapso do império colonial francês e a traição da Argélia francesa, a revolta estudantil de 1968 em Paris demonstrou que o povo francês em geral estava disposto a aceitar a derrocada de todo o bom senso, da Tradição, da moral sã, e de tudo o que constituía a grandeza da nossa civilização. Depois veio: legalização do aborto, um governo socialista em 1981, antirracismo, imigração planejada, remodelação da família, movimento LGBT, transexualismo, pedofilia, adrenocromo (um verdadeiro horror), venda de órgãos, “mudanças climáticas”, “chemtrails”, etc. E, no entanto, houve pouca reação do público. As pessoas podiam ficar um pouco abaladas por um breve momento, mas logo se acalmavam novamente. No entanto, estamos hoje falando de “um aumento nos padrões de vida”, como se tivesse havido uma melhoria real na qualidade de vida, quando, na realidade, isso vai pouco além de um avanço técnico, com máquinas melhores que permitem dispor de mais bens materiais. E o resultado foi a necessidade das famílias de terem duas pessoas recebendo salário em vez de uma, o que passou a afastar a mãe da casa, sobretudo se ela não gosta de ser mãe.

Durante toda uma época, a França irradiou para todo o mundo, em geral para o bem, mas agora está ela própria a afundar-se numa decadência moral e econômica, numa tal crise social e intelectual que já não pode exercer tal influência. O pior de tudo é que rejeita, despreza e ignora tudo o que outrora realizou. No entanto, surpreendentemente, esse “Ocidente”, que já não é mais do que o fantoche de mestres satânicos que são uma oligarquia de globalistas materialistas e gnósticos, ainda se comporta como se tivesse uma vocação para liderar o mundo, um pouco como os judeus talmudistas que pretendem ser os sacerdotes da humanidade.

E desde a covid, aquela mentira monstruosa concebida para testar até onde pode ir a manipulação do homem moderno, os povos da Europa de Carlos Magno tem-se escravizado rapidamente pelos banqueiros gângsters de Londres e Nova Iorque. O plano de despovoamento por detrás da covid remonta pelo menos à década de 1970, quando Jacques Attali, ainda hoje um importante assessor do governo francês, disse numa entrevista pública: “Comedores inúteis são bons para o matadouro”. Daí as perigosas e mortais “vacinações”.

Quanto à França, é fatiada e vendida com fins lucrativos aos EUA e a interesses privados. Quanto à Europa, está destroçada pelo ataque dos EUA e da OTAN à Rússia, com a grande mídia vil e os seus comentaristas a vomitarem mentiras contra a Rússia, enquanto, o que é o pior de tudo, toda a classe política se mantém em silêncio. Através da sua guerra por procuração na Ucrânia, matando meio milhão de brancos, os EUA conseguiram pelo menos uma coisa: o poder econômico da Europa e a concorrência da Alemanha estão quebrados, e as empresas alemãs estão transferindo-se para a América. Mal suspeitam os americanos de como a história mostra que tais “conquistas” são sinais da iminente queda de um império. Além disso, o Ocidente ligou o seu destino ao do Estado de Israel, o qual ele venera, mas o resto do mundo rejeita tal arrogância e degeneração, e não aceita o que Israel está fazendo aos palestinos.

A completa falta de reação de todas as mais altas instituições francesas diante de tal infâmia da França de Carlos Magno assinala o fim de um mundo. Elas ficam paradas e observam, silenciosas e dóceis, enquanto a França rola para dentro das latas de lixo da história. Alguns esperam que isso dure, outros continuam sonâmbulos, embriagados com sua própria propaganda. Os que estão no poder esforçam-se por silenciar toda a oposição, enquanto a Guerra Mundial paira sobre as suas cabeças.

A nossa tarefa na política é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance e que tenha algum efeito, mas consiste principalmente em preservar, para um futuro melhor, os melhores frutos do passado glorioso da França, tal como, quando, no século VI, o Império Romano estava a ser inundado pelos bárbaros, os monges nos monastérios estavam preservando as glórias da antiguidade. Essas glórias, preservadas, desempenharam um papel importante na construção que se seguiu, de 1.500 anos de civilização europeia e cristã.

Kyrie eleison.


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