Mãe da Piedade
I
– Ó Virgem Senhora
Mãe da Piedade,
– Por esse Senhor,
que tendes nos braços,
– Dirigi meus
passos e meus pensamentos
– Dai-me
sentimentos, dai-me contrição,
– Este coração
ingrato e traidor
– A meu Redentor,
que p’ra nos salvar,
– Deixou-se cravar
entre dois ladrões,
– As nossas
paixões, ó Virgem Maria,
– Por vossa valia
e por vosso amor,
– Com Nosso
Senhor, convosco também,
CORO:
Certo
caminho que tira o véu
Da humana maldade e que ao bem nos
conduz.
Dom da Rainha, mór que a terra e o
céu,
Ó força da graça que oculta reluz
Ó Santo Calvário do Bom Jesus!
I
– Ó
centro e cume da nossa Fé!
Ó grão Sacrifício do Altar!
Com um sacrificador, que é
A vítima pra nos salvar!
Ó Santo Banquete! Ó Ínclita Ação!
Presença Imolada que traz Redenção.
II
– O
Imenso como se apequenou!
Um simples pedaço de pão
Saiu de si mesmo e deixou
Jesus na transubstanciação.
Mas o Deus sublime, que aí se
instalou,
Também na aparência total se
ocultou.
III
– Santo
alimento do viajor,
Que sofre tão parco de luz,
Na estrada da vida e da dor.
Mas cresce se aceita sua cruz.
Ó Eterna Verdade que eu quero
adorar,
Que faz o Calvário presente ficar.
IV
– Ao
pecador trazeis o perdão,
Ó Sangue lustral salutar!
Celeste e sublime invenção:
O Padre ante a pedra do Altar,
Dirige-se a Deus em lugar de Jesus.
O Gólgota vejo. Chantada eis a cruz.
V
– Que
posso fazer por gratidão,
Depois de Vos tanto ofender?
Receber, Deus, nossa remissão,
Ao alcance de quem quiser.
O Pão e o vinho eu contemplo no
Altar:
É só aparência ao Senhor a ocultar