Causa da nossa alegria
CORO:
És, ó Maria, nossa alegria.
Farol do mar no nosso navegar,
Tu, Mãe querida, dás nesta vida
De Deus gozar, céus esperar.
I – Quantos anjos exultaram
Na celeste região;
Como os hinos retumbaram
Em toda a Santa Sião.
II – Oh! Que alegre foi a hora
Bendita dos caros pais,
Em que bela como aurora,
Nasceste à luz dos mortais.
III – Quando viram concebida
A Virgem, celeste flor;
A Rainha prometida
À terra pelo Senhor.
IV – Desejava o mundo ansioso
A doce luz da manhã,
Porém Tu lhe deste o gozo
Da graça e da fé cristã.
V – Triplicado cativeiro,
Perversas inclinações,
Era entregue, todo inteiro,
Ao vil julgo das paixões.
VI – Onde estavas, dom precioso,
Recato, cristão pudor,
Que se unia jubiloso
À pena, à pobreza e à dor?
VII – Vem, Maria, precursora,
Sublime do Redentor,
Para todos és aurora
Que afasta da noite o horror.
VIII – Tu nos dás a inteligência
Dos bens espirituais;
Por ti de Eva a descendência
Esquece da dor os ais!
IX – Inda no seio materno
Alegra-se o Precursor,
Vendo a Mãe de Deus eterno,
A Virgem do casto amor!
X – Quanto nós, ó Mãe querida,
Te havemos de bendizer,
Ao te ver, fonte de vida,
Das culpas o mal vencer!
XI – Pela Culpa desgraçada
Dos nossos primeiros pais,
Nossa raça ora votada,
Às penas, aos tristes ais.
XII – Eva foi a mãe culpada
Que a seus filhos desgraçou;
És tu, Mãe Imaculada,
Quem o dano reparou.
XIII – Causa da nossa alegria,
És nosso amor, nossa luz;
Sê-nos sempre firme guia,
E leva-nos a Jesus.
XIV – Hoje, nós, reconhecidos,
Te damos o coração;
Esperamos ser-te unidos
Do céu na eterna mansão.
Juramento de fidelidade a Maria (Charles Gounod)
CORO: Aqui, eu juro, sem respeito humano,
Ó minha Mãe, jamais te esquecerei.
Mas sempre até morrer,
De te servir ufano,
Fiel eu te serei!
I – Dos filhos teus vês aqui reunida,
Ao teu altar, a falange viril.
Ó Mãe de Deus e Mãe nossa querida,
A consagrar seu amor juvenil.
Dos corações os virginais arminhos,
Conserva em nós o celestial candor.
Ah, boa Mãe, resguarda em teus filhinhos
Pureza em nível primor!
II – Pretende o mundo a sorrir ostentar-me
Do vil prazer o falaz ouropel,
Ó terna Mãe, vem, bondosa, alentar-me,
Até morrer quero ser-te fiel.
O prometi, de novo, aqui o juro.
Não, não, jamais ingrato eu te serei,
Nem se dirá que um dia fui perjuro,
À minha Rainha e ao meu Rei!