Número DCCCLXX (870) – 16 de março de 2024
PUTIN e FÁTIMA
“Ei, a Rússia está longe de ser perfeita!” Sim, de fato.
Mas pouco a pouco ela está a libertar-se.
Desde o dia 6 de fevereiro, comentaristas de todo o mundo têm comentado a entrevista histórica de duas horas que o Presidente Vladimir da Rússia concedeu ao conhecido jornalista americano Tucker Carlson. O conteúdo dela apareceu bastante resumido nestes “Comentários” da semana passada (n. 869, 9 de março), onde apresentava principalmente a visão russa da escalada desde 2014 até o início das hostilidades entre a Ucrânia e a Rússia em fevereiro de 2022. Desde então, ouvimos falar frequentemente da cifra de mais de meio milhão de soldados ucranianos mortos pelas armas de alta precisão e pelas habilidades de combate dos russos. É toda uma geração de viúvas e órfãos. O que todos esses pais e maridos estavam fazendo quando entregaram suas vidas?
Homens sãos normalmente não sacrificam suas vidas por uma ninharia. É por isso que tantas guerras são guerras religiosas, embora nos tempos modernos não pareçam que o sejam. Assim, as duas Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945) representaram os restos da Cristandade tentando resistir ao triunfo do substituto ímpio da Cristandade, que é o comunismo. Logo após o triunfo da Revolução Comunista de Lenin em São Petersburgo e Moscou na Rússia em 1917, Lenin fundou o Komintern na Rússia para servir como a agência central quase missionária do comunismo, que trabalhava em conjunto com vários dos principais bancos do mundo para espalhar o comunismo por todo o mundo.
Na verdade, estamos na presença de quatro messianismos. O primeiro é o da raça eleita, os judeus que foram especialmente escolhidos e dotados para preparar a humanidade e proporcionar o berço humano dentro da humanidade para permitir que o único e verdadeiro Messias realizasse a Redenção através da Sua Cruz e da Sua Igreja até o fim do mundo. O segundo messianismo é o único messianismo verdadeiro, o da Igreja Católica, que é o cumprimento integral do Antigo Testamento pelo envio de almas humanas ao Céu que já vem ocorrendo ao longo de pouco mais de 2.000 anos. O terceiro messianismo é o dos judeus talmudistas, seguidores de sua escritura pós-bíblica – e não mais do Antigo Testamento que conhecemos, que tem o próprio Deus como autor –, o “Talmud”, produzido pelo homem para substituir o Antigo Testamento mesmo, já que em cada página deste se menciona de várias maneiras Nosso Senhor Jesus Cristo que virá, e, para a raça que O crucificou, Ele não deve ser mencionado, e muito menos adorado como Deus. E, por último, o quarto messianismo é o comunismo, que é um poderoso desdobramento do talmudismo, um movimento poderoso e ativo destinado a ajudar a destruir os últimos restos da decadente Cristandade, o principal messianismo concorrente que deve ser retirado do caminho do talmudismo.
Assim, podem-se ver os messianismos como as molas mestras da história humana, por assim dizer: um povo messiânico; o verdadeiro Messias; o povo outrora messiânico que voltou todos os seus dons por orgulho ferido contra o verdadeiro Messias; e consequentemente todos os tipos de movimentos pseudomessiânicos ao longo de vinte séculos, todos eles lutando para impedir a salvação das almas, como bem compreendeu São Paulo, mesmo logo após a crucificação e ressurreição de Nosso Senhor mesmo (I Tes. II, 16).
Quanto aos russos, são certamente um povo religioso, como demonstrou a sua atitude em relação à pseudorreligião anticristã do comunismo. Mas, em Fátima, Nossa Senhora predisse que a Rússia desempenharia um papel essencial na cura da impiedade das nações de hoje, e, com certeza, Roma pode não ser construída em um dia, como diz o provérbio, mas depois de 72 anos de sofrimentos terríveis sob o comunismo (1917–1989), a Rússia aprendeu a lição e está voltando para Cristo. Leiam Solzhenitsyn. Deus não perdeu o controle. Ele fez com que os ucranianos pagassem um preço muito alto por terem escolhido confiar nos talmudistas, que controlam totalmente os americanos, mas foi a escolha deles mesmos. Se alguém precisa da ajuda de Deus, que prefira a vontade d’Ele.
Kyrie eleison.