Número DCCCXXIII (823) – 22 de abril de 2023
VIGANÒ SOBRE A RÚSSIA
Nossos líderes não veem o que está em jogo?
Tudo o que Deus fez, o homem quer refazer.
Em uma Igreja Católica onde pouquíssimos clérigos ainda têm o discernimento para ver, ou então a coragem de denunciar, por que o mundo que a rodeia está preparando seu próprio suicídio, um clérigo está expondo sem medo, mês após mês, as verdades essenciais. Aqui está, de forma resumida, a encorajadora Mensagem do Arcebispo Carlo Maria Viganò ao congresso da fundação do movimento internacional dos “Amantes da Rússia”, realizado em Moscou no mês passado. Quando um Bispo católico é consagrado Bispo, ele promete não chamar mau o que é bom, nem chamar bom o que é mau. Aqui, o arcebispo Viganò claramente chama maus os nossos atuais líderes mundiais, e bons os russos que os enfrentam. Pode-se ter certas reservas quanto a isto, mas é algo que em essência está correto. Se sua Mensagem não for ouvida, teremos que aprender da maneira mais difícil.
Acontecimentos recentes demonstraram que o ateísmo materialista que assolou o Império Russo e o mundo a partir de 1917 – como anunciou a Santíssima Virgem Maria em Fátima – uniu-se nos tempos atuais ao liberalismo para constituir a ideologia globalista subjacente à Nova Ordem Mundial. Como o presidente Vladimir Putin apontou com razão em um recente discurso, esse é um projeto saído do Inferno, pelo qual o ódio à civilização cristã quer criar uma sociedade de escravos subservientes à elite de Davos. O objetivo é uma sociedade distópica, sem passado nem futuro, sem fé nem ideais, sem cultura nem arte, sem pais nem mães, sem família nem espiritualidade. Podemos nos surpreender se, depois de descristianizar o mundo ocidental, essa elite considerar a Rússia um inimigo que se deva derrubar? A Federação Russa é inegavelmente o último bastião da civilização contra a barbárie, e reúne em torno dela todas aquelas nações que não pretendem submeter-se à colonização do mundo pela OTAN, pelas Nações Unidas, pela Organização Mundial da Saúde, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional.
Assim, a recente farsa da covid – absolutamente criminosa em seus métodos – foi seguida de perto pela crise ucraniana. Tais emergências, uma após a outra, estão sendo deliberadamente fabricadas para destruir o tecido social e econômico das nações, dizimar a população mundial e concentrar o controle nas mãos de uma oligarquia que operou uma mudança de regime em todo o mundo. Os teóricos dessa convulsão têm nomes e rostos, começando por George Soros, Klaus Schwab e Bill Gates. Hoje eles declaram que a Rússia é o inimigo, mas, na verdade, eles consideram também os europeus, americanos, australianos e canadenses como inimigos, e os tratam como tais, perseguindo-os e empobrecendo-os.
Desse modo, o “Estado Profundo” desencadeou a fraude eleitoral de 2020 nos Estados Unidos, que era indispensável para impedir a reeleição do presidente Donald Trump. Da mesma forma, em 2013, a “Igreja Profunda” conseguiu fazer com que o Papa Bento XVI renunciasse, e eleger em seu lugar uma pessoa que agrada a Nova Ordem Mundial, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio. No entanto, enquanto os agentes do Fórum Econômico Mundial dentro dos governos ocidentais e dentro da Igreja conseguem manter os líderes mundiais na palma de suas mãos e forçá-los a agir contra o bem de seus próprios povos, suas revoluções, que tiveram tanto êxito no Ocidente, têm sido providencialmente detidas nas fronteiras da Rússia.
O propósito declarado dessas revoluções perpetradas contra a humanidade é o estabelecimento de uma tirania infernal, na qual reina supremo o ódio a Deus e ao homem criado à Sua imagem. É o reino do Anticristo. Estamos travando a batalha desta época: devemos permanecer sob o manto da Santíssima Virgem, a gloriosa “Portadora da Vitória”, junto com o Arcanjo São Miguel. A vitória pertence a Cristo, e a todos os que escolhem alinhar-se sob o santo estandarte de Sua Cruz.
Kyrie eleison.